Sobre mim

Palestras, treinamentos e mentorias de desenvolvimento humano e organizacional.

Fui repórter da Rede Globo, quando senti de redirecionar os meus talentos de comunicação e significância para outra área. Pedi demissão, me mudei do Rio de Janeiro e iniciei uma nova jornada.


De lá pra cá, foram dez anos, dezenas de especializações nas áreas da psicologia, neurociência, filosofia, comportamento e espiritualidade e milhares de pessoas chacoalhadas (com amor) por minhas minhas palestras, treinamentos, mentorias e aulas.


Nasci em 1985, em Assis Chateaubriand, no interior do Paraná. Meu pai é agricultor e minha mãe professora aposentada da rede estadual. Desde pequena, sou fascinada pelo mundo e pelas diferentes culturas. Aos 15 anos, fui aprovada para um bolsa de intercâmbio. Nunca tinha entrado num avião quando, aos 16 anos, embarquei para uma ano na Alemanha. Foi muito doloroso, mas foi também a experiência mais importante para minha expansão de consciência. Fui recebida pela família Krispien: um concertista clássico, uma ativista ambiental, duas crianças curiosas e carinhosas e a avó, cheia de histórias das guerras. Uau. Quanta coisa aprendi sobre arte, cultura, meio ambiente, domínio emocional… além do idioma alemão. Nesse período, tomei gosto pelas viagens. Conheci o país inteiro, além de todos os outros ao redor, de carona, de trem, de ônibus… sempre com a mochila nas costas.


Quando voltei, sabia que queria uma carreira que me permitisse viajar. Passei em jornalismo na Universidade Federal do meu estado e em primeiro lugar no vestibular de Relações Internacionais de duas universidades privadas, o que me deu direito a uma bolsa de estudos. Me graduei nas duas, enquanto também era bolsista de pesquisa do CNPq e do Núcleo de Extensão da UFPR com um projeto de Rádios Comunitárias em áreas de risco. Também fazia aulas de italiano e alemão, além de trabalhar, desde o início da faculdade, como apresentadora e repórter da Rádio Band News FM.


Nesse trabalho, tive a honra de fazer parte da equipe do Gladimir Nascimento, o maior professor de liderança que tive. Mesmo já não trabalhando junta há tanto tempo, a equipe se reúne até hoje, agora com cônjuges e filhos agregados. Ainda na Rádio, tinha acabado de recusar uma oportunidade na embaixada da Alemanha, em Brasília, para seguir carreira no jornalismo, quando um escândalo político que noticiamos (descoberta minha, bem no dia do meu aniversário) culminou na demissão do Gladi a pedido de deputados (alguns envolvidos estão hoje presos, aliás). Continuamos juntos operando uma webrádio, a JornalismoFM. Até que o dinheiro apertou para todos e voltamos a trabalhar em dois ou até três turnos. Além de editora de uma revista de política, eu comecei como trainee de reportagem da TV Globo em Curitiba. Me tornei repórter e depois de aprovada num concurso de correspondentes da Globo do Rio, com mais de 12 mil inscritos, recebi treinamento de grandes nomes do jornalismo, como Sonia Bridi, Tadeu Schimidt, Marcos Uchôa, Tiago Leifert e Fátima Bernardes. Fui enviada para a Itália como correspondente do SporTV e depois fiquei como repórter no Rio e em São Paulo.


Trabalhar na TV era uma experiência muito enriquecedora, mas cheia de desafios também. A entrega que a carreira exige me custava meu principal valor de vida: liberdade de ir e vir. Trabalhava quase todos os fins de semana e não tinha controle da agenda de viagens. Com isso, mal via meu marido, que então trabalhava em São Paulo. Comecei a sentir um desencaixe interno, mas ao mesmo tempo ouvia dos meus chefes “você ainda vai se sentar na cadeira da Fátima Bernardes”, apresentadora do JN. Claro que me fazia muito bem o reconhecimento do meu trabalho, mas nutria em silêncio uma sensação de inadequação e até ingratidão; afinal, eu pensava, quantas pessoas gostariam de uma oportunidade daquelas e eu não estava feliz. Um dia, na redação da Globo, fui conversar a Fátima (uma pessoa maravilhosa, cabe dizer) sobre como era ocupar aquela posição. Que benção foi aquela conversa! No mesmo dia, decidi pedir demissão. Não foi uma decisão racional. Tive uma intuição forte de que meu caminho passava por outro lugar.


Minha família e meus amigos não acharam certo o que eu fiz. Quando eu explicava o que sentia, eles até entendiam, mas acreditavam que aquela insatisfação era algo inerente do trabalho e que a gente tinha que simplesmente aprender a lidar. Comecei a compreender aos poucos o sistema de crenças da nossa sociedade, que é sustentado pelo medo da escassez e que nos faz acreditar que leveza e felicidade são ideais inatingíveis.


Desde então, venho me dedicando com sucesso a quebrar esse tipo de paradigma de milhares de pessoas tocadas pelo meu trabalho e que tomam coragem de viver uma vida com mais significado e alegria. Vida isenta de problemas e preocupações não existe, mas, quando se tem autoconsciência e se está conectado ao propósito, tudo flui levemente.